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Passaram-se
longas 22 semanas das 23 semanas que me separam do grande dia, a maratona! Vocês
vem me acompanhando desde o dia que lancei o desafio, tanto que já tive mais de
1800 visualizações no blog de pessoas do mundo todo (só faltou a África e a Oceania para
fechar o globo!). Só tenho a agradecer muito a todos vocês, pois a ideia dessa
ferramenta era justamente gerar um comprometimento em mim para não me fazer
desistir do desafio ao longo dessa jornada. Receber mensagens, pessoas me
encontrando e perguntando “como estão os treinos?”, ou “tu é louco?”, me
fizeram chegar até aqui!
De
lá pra cá muita, mas muita coisa aconteceu. Posso dizer que vivi semanas
intensas e tive a impressão de terem sido muito mais. O tempo é engraçado, às
vezes amigo, outras inimigo, algumas vezes cruel, mas acima de tudo ele
ensina... Aprendi que travamos uma batalha contra si, contra o eu, e que nem
sempre planejar é acertar. Descobri como a corrida me faz bem, ajudando-me a esvaziar
a mente, sendo quase que um momento de meditação. Descobri como arrumar a
bagagem, escolher o que pôr nela e que apenas 1/3 do que se coloca realmente se
usa na prática!
Fui
atropelado pela rotina e senti na pele o quão difícil é dedicar-se às coisas.
Se tivesse um gráfico dos meus treinos posso dizer que iniciei numa crescente,
tive uma ameaça de declínio, voltei a subir e depois mantive-me numa
linearidade. O melhor foi saber o apoio que tenho das pessoas que fazem parte
da minha vida, isso faz a diferença. Acreditar e fazer são duas palavras de
peso. Quando achei que tudo estava perdido, numa partilha entre amigos, descobri
que o recomeçar é diário. Uma das maiores lições: ritmo. Falar para alguém que
leva a vida com o “pé no acelerador” para desacelerar não é tarefa fácil!
Enfrentei barreiras que achava intransponíveis e vivi em 2 dias uma maratona.
Ufa!
Viver tudo isso só fez sentido porque tive um combustível que me fez ir adiante:
os amigos. Quando você está desanimado, eles te dão o gás para seguir. Sem
eles, não conseguiria. Venho pensando nisso há uns 15 dias e recordando. Recomecei
a correr, depois da lesão que comentei em post anteriores, depois de conhecer o
Alemão e ver a paixão dele por corridas. Fiz meus primeiros 21km conversando
com ele numa partilha de vida numa viagem que fizemos juntos ao Uruguai. Ele me
distraiu e quando terminou, me mostrou o GPS dele marcando a distância, foi demais!
Logo na retomada dos treinos antes dos 21km que comentei, fiz vários treinos
com o Tiaguinho e o Dudu. Com o Dudu, corri meus primeiros 12km trail morro
acima!
Minha
primeira prova depois de uma cirurgia que fiz nos olhos foi com o Botelhera,
Cleiton e Dieguinho numa prova muito louca e divertida. A casa do Duda é meu
ponto de parada de água quando faço alguns treinos em Cachoeirinha, e me
lembrei dele quando encarei os 30km. Foi a garra dele que me fez terminar
aquele treino. O Vini, coitado, vem me aturando desde janeiro. Além de amigo me
treina, ou seja, haja paciência comigo hehe. O Marques me acompanhou num treino
desde o início desse desafio, mas esteve presente na segunda vez que corri meia
maratona. Em compensação, o Marcião esteve em vários dos meus treinos ao longo
desse desafio. Por fim, a minha staff número 1, minha parceira, amiga e meu
amor (precisa dizer mais alguma coisa?!), a Ali.
Recebi
do Duda uma dezena do terço que vou levar junto comigo na prova domingo que
vem. Já tenho a minha meta de tempo, 4:10. Essa é a meta que o Vini passou, a
minha pessoal é fazer sub 4. Quer saber como vou fazer? Vou lembrar de cada
palavra que escrevi nesse último post antes da prova, dos amigos que levo no
coração e da fé que estará representada no tercinho que ganhei. Neste domingo
faço meus últimos 15km. Tempos atrás chamaria de longão, hoje digo que é
rodagem. Faço mais 5km na segunda-feira e depois a prova! Qual o seu
combustível? Ou, o que te motiva? Para mim sem dúvidas são os amigos.
Termino
sempre dizendo “até a próxima semana!”, dessa vez encerro dizendo: até a
maratona!