segunda-feira, 27 de abril de 2015

Recomeçar




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Dias atrás ouvi um discernimento sobre recomeço que me fez repensar várias coisas que vivi nos últimos tempos. Num momento de partilha de dois amigos na reunião do grupo Acamps ouvi sobre esse tema. Não costumo ir nas reuniões (inclusive foi a primeira vez, apesar de conhecer a todos), mas por algum motivo estava lá. No decorrer daquele momento, fui conduzido a parar e refletir. A ação de acessar momentos da vida nem sempre é um exercício fácil, pois nem tudo o que a nossa mente armazena em suas lembranças são coisas boas. Se pudéssemos, de alguma forma, apagar alguma delas estaríamos tentados ao menos a cogitar a hipótese de o fazer. Comecei, então, o processo de análise e fui deparando-me com as mais diversas recordações. Em cada uma, boa ou ruim, existiam uma infinidade de sentimentos envolvidos que justificavam as ações e o direcionamento traçado.
O que recomeçar tem a ver com a dinâmica de parar e olhar para si? Tudo, acredite! Foi este o grande aprendizado que consegui absorver do discernimento que comentava. Sem querer ser simplista, a vida te impõe dois tipos de recomeços: reativos ou pró-ativos. Ambos estão tomados de sentimentos e irão de alguma forma impulsioná-lo a agir, a diferença entre eles é como você fará isso. O recomeço reativo faz com que a vida lhe impulsione. Algum fato muito marcante bagunça a sua zona de conforto e você acaba por não ter outra opção além de fazer algo para mudar aquele cenário. Os exemplos para esse tipo são inúmeros, é só lembrar dos jogos paraolímpicos. O ponto marcante é a superação que provoca a mudança. Já o recomeço pró-ativo, parte do ato que comentava no início deste artigo, parar e pensar. Assemelha-se ao método PDCA utilizado na gestão de empresas. Planejar, executar, verificar e corrigir, faz com que um ciclo de melhoria continua seja aplicado. O ponto marcante é que você é o agente da mudança.


Independentemente do tipo, o ponto chave entre elas é acreditar. Sem que se tenha plena convicção do rumo que está sendo tomado, a dúvida pode fazer com que você encontre muitas pedras no caminho.  Qualquer dificuldade encontrada pode levá-lo a desistir, pois a insegurança toma o lugar da razão. Você já deve ter passado por essa experiência e se perguntado “o que estou fazendo?”. Sempre tive dificuldades em saber se, da escolha que tomei, aquele caminho era o mais correto. O que acabei aprendendo na partilha desses amigos é que existe um termômetro que faz com possamos aferir se o rumo é o certo chamado, felicidade. Não há como saber o que haverá no final dessa estrada, mas se ao caminhar nela você estiver feliz, vá em frente e lembre-se que o percurso é a melhor parte!
Ao refletir na minha vida, percebi que tive muitos recomeços e entendi que eles podem ser diários. Nessa última semana que passou, recomecei a dar foco aos treinos. O que me tirou dele nos últimos tempos foi uma dor no joelho esquerdo. Tenho uma doença nele chamada condromalácia patelar. A descoberta foi em 2012 e me fez parar de correr por longos 7 meses. Naquela época fiquei muito desmotivado e chateado, pois tive que parar. Recomecei reativamente com sessões de fisioterapia para reforço muscular acompanhado de medicação. Com medo de que vivesse novamente, as últimas semanas foram bem difíceis para os treinos. Muitos deles não consegui fazer porque sentia dor e tinha medo de lesionar. Foi então que vi que posso recomeçar agora de forma pró-ativa. Retomei o reforço muscular através de exercícios funcionais e os treinos da minha planilha de corrida que foram revistos pelo professor que me acompanha na V!N! RUN. Qual o próximo passo? Acreditar!




Até a próxima semana!