--
Nesses
últimos dias (principalmente na última semana que falhei um post) me lembrava
das aulas da época do colégio em que o professor dizia que o ser humano
distingue-se dos outros animais por agir com racionalidade. Possui grande
capacidade mental e habilidade para desenvolver utensílios e adquirir
conhecimento, e que antropologia é a ciência que estuda a humanidade, seu comportamento,
cultura e evolução. Com certeza você deve ter ouvido isso, lido e ainda deve
ter caído em prova. Lembrou? Entretanto, o que o professor não explicou, o que
não caiu na prova, é que quando o sentimento está envolvido, nada mais é tão
simples. Nesse ponto está a complexidade do ser racional.
O sentimento distorce o racional, para
o bem ou para o mal. Ele pode ser estimulante, instigando com que o indivíduo
dê mais de si, ou o inverso disto. Independentemente do quão motivado ou não
para fazer algo, você sabe o que deve ser feito. Por que você não faz então? É
simples, lógico e racional, certo? De fato sim, porém ao mesmo tempo não. Os
motivos podem ser os mais variados, com certeza você terá justificativa para
todos eles. Isso tudo porque você sabe o que tem que ser feito! A arte de
procrastinar pode nos encurralar nas paredes da nossa consciência. Chegar neste
ponto é fácil e normalmente não começa com coisas grandes, são nas pequenas.
Quando tropeçamos, dificilmente é em algo grande, pois nestes casos conseguimos
prestar atenção.
A lição que aprendi com a vida, e que complementa
aquela do colégio, é que somos seres emotivos racionais. Vivemos em sociedade, em
tribos, ou em grupos, porque precisamos de alguma forma preencher a lacuna do
ser racional. A emoção transforma nossas vidas, nossas atitudes, nosso
pensamento. Temos a necessidade de partilhar a nossa vida com os demais, contar
os feitos, ou até mesmo os fracassos. Faz parte deste ser EMOCIONAL e é isso
que o define como único. A alegria só é vivida quando compartilhada e, na
corrida não é diferente. Há treinos em que fico “xingando” meu treinador do
primeiro km até o último. Em outros treinos, é tão leve, que consigo correr
meia maratona (21km) em 1:43:57 (velocidade de 12,12 km/h a um pace de 4:57
min/km) sem sentir-se cansado. O problema de fazer treinos longos é a dor no
joelho dias depois... De qualquer modo, num cenário bom ou ruim de treinos, além
de superar-se, o que instiga e motiva é poder, ao final, partilhar isto com o
minha namorada, pais, professor, amigos e o grupo de corridas que escolhi fazer
parte, a V!N! RUN.
Nosso
maior desafio será sempre lidarmos com a montanha russa de nossos sentimentos.
Ora altos, ora baixos, com a ajuda de um grupo, o equilíbrio é facilmente
alcançado, pois um acaba motivando e “puxando” o outro para ir além. Nossa
energia movimenta a VIDA, a nossa e a do meio em que vivemos. Tente você nesta
semana fazer a diferença para alguém. FAÇA!
Até
a próxima semana!